domingo, 3 de julho de 2016

Como enfrentar, confortar familiares que perdem alguém repentinamente?


Giseli Xavier
Luana Budtinger
Silvana Nunes
Zaira de Lima

O processo de luto é marcado por uma diversidade de sentimentos, o qual pode provocar uma desordem emocional evidenciado por choro, crises de ansiedade, isolamento/ silêncio, desinteresse pelas atividades do dia a dia, ou até mesmo pelo excesso de atividades, podem apresentar sintomas físicos e psicológicos de estresse, podendo até vir a adoecer.  Assim, entende-se que cada indivíduo reage ao luto de forma distinta, variando de acordo com sua estrutura emocional, vivências e capacidade para lidar com perdas.
Esse processo é conhecido quando se reconhece que alguém está a partir, mas quando ocorre uma perda repentina como podemos lidar?
O luto inesperado caracterizado pela perda repentina de alguém é uma incógnita em relação às manifestações emocionais e ao enfrentamento dessa questão. Talvez seja difícil abordar a questão, pois ainda tem-se a dificuldade em encontrar palavras para confortar um familiar que passou por esse momento.
Os profissionais de saúde quando vão de encontro ao familiar após a perda sentem-se limitados, de mãos atadas e até mesmo impotentes, pelo fato de não estarem aptos a lidar com essas situações. As reações mais comuns da família no momento da perda são o aparecimento de culpa, revolta contra a equipe que cuidou do paciente, raiva e choro, portanto o profissional deve estar atentos as possíveis reações apresentadas pelos familiares. Talvez o conforto não esteja nas palavras e sim, nas atitudes que o profissional toma frente a esse momento. Às vezes um simples abraço, ou um copo de água, confortam mais o familiar, pois com esses gestos simples o familiar se sente mais seguro, o que pode proporcionar um pouco de tranquilidade frente a situação.
Entende-se que é necessário durante a formação acadêmica de profissionais da saúde, uma maior abordagem sobre o luto, proporcionando vivências e momentos de reflexão frente a esses momentos, para assim poder lidar com a morte, trabalhando psicológico do profissional e com o intuito de prestar apoio e conforto aos familiares, equipe e a si mesmo.
O profissional de Enfermagem tem que ser capaz de compreender a dor pela perda inesperada e se colocar no lugar daquele familiar e pensar em como gostaria de ser tratado caso ocorresse consigo, e demonstrar carinho e afeto nesta hora tão difícil e desoladora.